5 Passos para não cair no greenwashing na moda

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Com a ascensão da moda sustentável, infelizmente o greenwashing também ascende. Seja naquela linha de calçados veganos que todo mundo pensa ter sido feita localmente (mas confira a sola e você verá que foi feito na China) ou aquela marca ecofriendly que de forma discreta, vem produzindo suas roupas em países distantes e em condições duvidosas ou até mesmo aquela designer famosa, muito conhecida por seu comprometimento com a causa animal e sustentabilidade, porém não é capaz de provar quão ética são suas produções.

Existe uma lista crescente de exemplos, tanto de marcas grandes quando pequenas, praticando propaganda enganosa e disseminando conceitos equivocados sobre sustentabilidade.

Como saber em quais empresas confiar? Aqui vão algumas dicas que podem te ajudar nesse processo.

Confira o país de origem:

Não há nada errado com as marcas fabricando suas roupas na China, Bangladesh ou Índia, o que é errado é uma empresa tentar fazer os consumidores acreditarem que ela fabrica seus produtos em um lugar quando, na verdade, sua produção está em outro. Se estiver comprando online, verifique as informações sobre onde o produto foi produzido. País de origem é uma informação legalmente requerida nas etiquetas de qualquer produto no Brasil, então basta checar a etiqueta para determinar se o produto é o que você esperava.

Procure por fatos e especificações:

Palavras como “sustentável”, “ecológico” e “verde” podem significar qualquer coisa que uma marca queira que esses termos signifiquem. Procure marcas que ofereçam informações verificáveis. Afirmações como “comércio justo” e “orgânico” têm agências de certificação que devem ser listadas, a PETA, por exemplo, tem um selo de aprovação para marcas veganas.  Procure informações sobre coisas como compromisso com o desperdício ou redução de água e energia. A escolha de palavras é importante e as marcas que estão fazendo um trabalho diferente terão como falar sobre suas ações com mais profundidade.

Pense além:

Os modelos empresarias de “compre um e doe outro” parecem ótimos em teoria (quem não quer vestir os necessitados ou reciclar seu armário?), porém eles nem sempre são o que parecem. Essas “doações” são geralmente indesejadoas, desnecessárias e geram impactos negativos ao invés de positivos. Muitas vezes a “reciclagem” podem significar vender essas roupas para países em desenvolvimento como forma de descarte.

Esses modelos de negócios nem sempre são uma má ideia, mas, se tratando de doações e reciclagem, é importante se aprofundar no assunto antes de comprar a ideia.

Faça perguntas:

As marcas estão mais acessíveis. Contate-as por e-mail, Facebook, Instagram, Twitter ou qualquer outro canal e faça suas perguntas. Depois preste atenção as respostas. Se uma marca não sabe responder sua pergunta ou não dá a resposta certa, é bom ficar em alerta.

Apoie marcas nas quais você confia:

Talvez você não conheça os proprietários das empresas que compra, mas entre em contato, faça perguntas e veja se consegue estabelecer uma relação de confiança. Pode parecer assustador saber o que é ou não real no universo da sustentabilidade e do consumo. O aumento do greenwashing significa um aumento no desejo de produtos mais éticos e sustentáveis, o que é excelente.

Fonte: http://www.modefica.com.br/5-passos-simples-para-nao-cair-no-greenwashing-na-moda/#.WhcaaVw-dTY

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