Fair trade, ou comércio justo em português, é uma “parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior equidade no comércio internacional, contribuindo para o desenvolvimento sustentável por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul.”
Comércio justo não é a mesma coisa que pagar os funcionários dentro das leis trabalhistas ou terceirizar a produção para uma empresa que não tem práticas análogas a escravidão, o comércio justo exige comprometimento, dedicação e acompanhamento.
Tanto no site do Sebrae quanto no site da Fairtrade International ou da International Federation of Alternative Trade é possível encontrar os princípios que devem reger uma relação comercial considerada justa:
- Transparência e corresponsabilidade na gestão da cadeia produtiva e comercial;
- Relação de longo prazo que ofereça treinamento e apoio aos produtores e acesso às informações do mercado;
- Pagamento de preço justo no recebimento do produto, além de um bônus que deve beneficiar toda a comunidade, e de financiamento da produção ou do plantio, ou a antecipação do pagamento da safra, quando necessário;
- Organização democrática dos produtores em cooperativas ou associações;
- Respeito à legislação e às normas (por exemplo, trabalhistas) nacionais e internacionais;
- O ambiente de trabalho deve ser seguro e as crianças devem frequentar a escola;
- O meio ambiente deve ser respeitado.
O sistema de certificação do comércio justo tem como foco principal produtos agrícolas e com alta taxa de mão de obra escrava e infantil, como por exemplo o café, cacau, açúcar, algodão e outros. No Brasil é difícil encontrar produtos certificados com o selo de comércio justo, bem como na moda a nível mundial.
O centro de Comércio Internacional, agência conjunta das Nações Unidas e da Organização Mundial do Comércio, possui um programa que tem como objetivo conectar artesãos em situação de vulnerabilidade social (90% mulheres) de comunidades Haitianas e Africanas com a indústria mundial da moda.
No Brasil, moda com padrões de comércio justo é raridade. Algumas marcas trabalham com comunidades, muitas delas no Amazonas, cerrado, zonas rurais, povos indígenas ou junto com cooperativas de costureiras, bordadeiras e artesãs.
Comércio justo é responsabilidade social com pessoas que precisam aprender técnicas e habilidades para que, através do trabalho, possam sair da margem e ascender socialmente; também é responsabilidade ambiental, e muito mais do que isso, comércio justo é transformar a sociedade e a vida das pessoas.
Fonte: http://www.modefica.com.br/comercio-justo-fair-trade-o-que-significa/#.WbrQZ9OGOV4
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